quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O que acontece na maternidade.

No parto normal
O momento de ir para o hospital é quando a mulher entra em trabalho de parto, ou seja, quando começa a sentir contrações rítmicas em intervalos de mais ou menos cinco minutos, ou quando ocorre vazamento de líquido, que é sinal da ruptura da bolsa. É hora de ligar pro seu médico e ir para o hospital. Logo que dá entrada no pronto-socorro, você será encaminhada para uma enfermeira-obstetriz, que faz os primeiros exames. Ela escuta os batimentos cardíacos do bebê, mede as contrações e checa a dilatação uterina. A média de dilatação é de um centímetro a cada hora.
Se o obstetra que vai fazer o parto já estiver lá, é ele mesmo quem faz esses exames e já acompanha sua paciente. Depois, fará um exame para checar os sinais vitais do bebê, chamado cardiotocografia, que monitoriza as contrações e os batimentos fetais por 20 minutos. Esse exame é feito também na cesariana marcada, pois as contrações servem para ver como está a movimentação e avaliar o “comportamento” do bebê.
A mulher é então encaminhada para a sala de pré-parto, onde fica sendo monitorada. Esse período pode durar até 24 horas, depende da mulher. “Tem mulheres que ficam lá apenas duas horas e o bebê já nasce!”, diz a Dra Cecília. Mas a média, segundo ela, é de 10 horas. Na sala de pré-parto, a mãe é o tempo todo monitorada. A cada duas horas se mede a dilatação, e conforme ela vai evoluindo, esse intervalo vai diminuindo para uma hora, meia hora e assim por diante.
O ideal para aplicar a analgesia é com 5 a 6 centímetros de dilatação, quando a cabecinha do bebê já está visível (coroamento). Mas a mulher pode solicitar a injeção, caso esteja sentindo muita dor. Ela é então encaminhada para a sala de parto. A partir do momento que ocorre o coroamento, o parto acontece rápido. Depois que o bebê nasce, a mãe fica por mais uma meia hora na sala de parto enquanto seu pequeno será avaliado pelo pediatra.
Se ambos estiverem bem, a mãe pode amamentar o filho em seguida. Especialistas defendem que a amamentação seguida do nascimento é saudável para a mãe e para o bebê, pois ajuda no aprendizado do aleitamento, na criação de um vínculo entre os dois e reduz as chances de hipoglicemia do recém-nascido e de hemorragia uterina no pós parto.

Na cesariana
Pra quem já está com a cesariana marcada, o procedimento é mais simples. A gestante é internada na data marcada para a cirurgia, cerca de uma hora e meia antes, e em jejum de alimentos e bebidas por oito horas. São feitos alguns exames: checagem dos sinais vitais da mulher (pressão, temperatura), batimentos cardíacos fetais e contrações. As contrações, nesse caso, são monitoradas para saber como está o comportamento do bebê. Depois, é feito um histórico de antecedentes cirúrgicos e alérgicos, e, logo depois, ela é encaminhada para a sala de cirurgia.
Lá é feita a tricotomia, (retirada dos pêlos da região da cicatriz) e a mulher, então, receberá então a anestesia da cintura para baixo, que faz efeito em 5 minutos e dura cerca de 2 horas. O pai só entra na sala de cirurgia quando a paciente já estiver anestesiada.
A cirurgia cesariana demora ao todo cerca de 40 a 50 minutos. O bebê, após a avaliação do pediatra, também já vai para o colo da mãe e é amamentado. A mãe é encaminhada para uma sala de recuperação até voltar da anestesia, onde fica por uma a duas horas, aproximadamente, para ser avaliada a contração do útero no pós-parto para prevenção de hemorragias.
A mãe volta para o quarto, e oito horas depois é retirada a sonda da bexiga e ela já é estimulada a andar, se movimentar aos poucos. Ela e o bebê ficam internados por mais três dias, e é ministrado um analgésico para aliviar a dor do pós-operatório.
Na volta para casa, a mãe já pode retomar as atividades normais. Claro que deve pegar leve! Nada de esforço ou carregar peso. Os pontos são removidos cerca de dez dias depois.

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